O LETREIRO (A primeira e a segunda páginas)
O POVO ANTIGO daqui, diz que existe
um mundo perfeito, que está desaparecido, encantado (...)
Ela jamais haveria de concluir a
história naquele momento. Isso acaba com toda a expectativa. E ela, como uma
boa contadora de causos, sabe que para um conto render e agradar bastante, ele
precisa ter um certo (...) suspense.
Tentava, dessa maneira, conseguir dar
forma a um lugar utópico, suspendendo o sujeito num espaço confortante, longe
do seu mundo brutalizado pelas injustiças do cotidiano.
Essa história tentava recuperar algo
bastante desgastado nos dias de hoje, em pleno século XXI, a utopia. Esse
sentimento prevaleceu nas pessoas durante vários séculos passados, agora, cada
vez mais, parecia uma coisa tão distante.
O mundo estava indo, a cada dia mais,
de mal a pior.
Sentimentos xenófobos, machismo,
homofobia, racismo, governos arrogantes, uma tendência ao individualismo e
outros males estavam crescendo... parecia que o mundo caminhava numa direção
onde prevalecia a máxima de:
Cada um por si e todos contra todo
mundo.
Eu ficava curioso com a história: A
palavra, a leitura, a escrita e a conversa só tem sentido se pela sua magia e
capacidade criadora, principal meta da poesia, a nossa gente do povo conseguir
superar sua aterrorizante situação, romper as amarras que o prendem a essa
situação adversa e conseguir ultrapassar o real na busca do horizonte ideal.
Será mesmo, que aquele letreiro,
poderia revelar uma saída harmoniosa para esse fim de mundo?
A luz de neon clareou minha mente, me
inspirando a fazer um desenho disfórico de um mundo inóspito.
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