QUARENTENA
Na guerra e na
doença
As pessoas se
agarram a
Seus ódios,
amores e emoções
Um vírus
invisível
Corre o mundo
Estrebuchamos em
convulsões
A boca tinta de
sangue
Marcando tal um
selo fatal
A vida de cada um
Por variadas
causas
Lembramos-nos de
nos
Lucidez e coragem
Diante da
fatalidade
Delírio,
indiferença, pavor mortal
Em face da ameaça
latente
A foice cega,
implacável
Não se sabe e nem
se escolhe
Onde e quando
cairá
Na multidão há de
tudo
Alguns bebem
desesperadamente
Outros choram
Desespero e
enlouquecimento
Loucura coletiva
Estado de pânico
Amanhã, depois da
Pandemia
Distante no tempo
Para os que
ficarem recordar
Viver melhor o
seu tempo presente
Agora resta-me ri
(...)
(De nervoso)
E escrever o
poema.
(Autor: José
Soares)