quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O Letreiro(o livro)

O LETREIRO (A primeira e a segunda páginas)
O POVO ANTIGO daqui, diz que existe um mundo perfeito, que está desaparecido, encantado (...)

Ela jamais haveria de concluir a história naquele momento. Isso acaba com toda a expectativa. E ela, como uma boa contadora de causos, sabe que para um conto render e agradar bastante, ele precisa ter um certo (...) suspense.

Tentava, dessa maneira, conseguir dar forma a um lugar utópico, suspendendo o sujeito num espaço confortante, longe do seu mundo brutalizado pelas injustiças do cotidiano.

Essa história tentava recuperar algo bastante desgastado nos dias de hoje, em pleno século XXI, a utopia. Esse sentimento prevaleceu nas pessoas durante vários séculos passados, agora, cada vez mais, parecia uma coisa tão distante.

O mundo estava indo, a cada dia mais, de mal a pior.

Sentimentos xenófobos, machismo, homofobia, racismo, governos arrogantes, uma tendência ao individualismo e outros males estavam crescendo... parecia que o mundo caminhava numa direção onde prevalecia a máxima de:

Cada um por si e todos contra todo mundo.

Eu ficava curioso com a história: A palavra, a leitura, a escrita e a conversa só tem sentido se pela sua magia e capacidade criadora, principal meta da poesia, a nossa gente do povo conseguir superar sua aterrorizante situação, romper as amarras que o prendem a essa situação adversa e conseguir ultrapassar o real na busca do horizonte ideal.

Será mesmo, que aquele letreiro, poderia revelar uma saída harmoniosa para esse fim de mundo?

A luz de neon clareou minha mente, me inspirando a fazer um desenho disfórico de um mundo inóspito.