A ESQUERDA PODE ATÉ MARCHAR SEPARADA MAS
PRECISA GOLPEAR UNIDA
(José
Soares – PT Jabaquara)
A
esquerda não precisa ir até o fundo do poço
(Se
é que esse poço tem fim)
Para
ressurgir com força.
A esquerda já tinha, desde o final da
década de 70, suas fraturas e posições diferentes.
Naqueles anos o PT e a CUT se
transformaram em enormes guarda-chuvas que abrigavam quase toda a esquerda
brasileira.
Naquele momento o partido e a central
representavam a unidade.
Por fora desse arco partidário e
sindical, existiam raríssimas exceções. A grande maioria dos lutadores e
lutadoras se organizavam sob a direção dessas lideranças surgidas a partir do
ABC paulista.
O PCdoB e o PCB (que fora chamado de
partidão nas décadas de 40, 50 e 60) passaram a ser nanicos se tornando inexpressivos
naquele momento.
O PT se constrói como Unidade da
Esquerda durante as décadas de 80, 90 e durante todo o governo popular até
2016.
Em 2013 tem início uma nova onda de
manifestações populares que acabou sendo capitalizado pela direita culminando
na eleição do extremista Jair Bolsonaro.
Vivemos agora uma nova onda política,
haverá uma disputa acirradíssima entre setores do centro, da centro esquerda e
outros setores para saber qual projeto vai sair vitorioso desse processo:
a) se um projeto capitalista, liberal ou
b) um projeto a esquerda que consiga
implementar um programa mínimo de garantias democrática, renda mínima, inclusão
social.
A esquerda, diferente de décadas
anteriores, hoje se divide em vários partidos e organizações. Frente Povo Sem
Medo (FPSM), Frente Brasil Popular (FBP), várias centrais etc. já não há mais
uma direção hegemônica inquestionável.
Ativistas, dirigentes, filiados aos
diversos partidos, lutadores em geral precisam pressionar contra a mera
marcação de posições de cada lado, pressionar por uma união de fato.
Da capacidade de união desses setores e
daí sua possibilidade de trazer outras forças democráticas centristas estará
determinado o futuro do nosso povo.
Se conseguiremos implantar, o mais
rápido possível, um programa mínimo democrático, de solidariedade e inclusão
social ou isso ficará para as calendas gregas pós barbárie.
Parafraseando Marx:
Esquerda de todo o país uni-vos.
Despe-se de todo interesse mesquinho.
Nada terás a perder. Muito ao contrário.
Um país inteiro, só tem a ganhar.